
Hélio Santana, fundador da HS Prevent, revela como a combinação de inteligência e contrainteligência orienta líderes empresariais na tomada de decisão e combate a fraudes, fortalecendo negócios e impulsionando resultados de alto desempenho.
As fraudes têm evoluído constantemente e essa evolução se intensificou na pandemia. Não podemos ignorar que algumas metodologias de análise antifraude, principalmente a documentoscopia, não surtem mais o mesmo efeito que há cinco anos. Como o próprio título dessa matéria sugere, calcular, por exemplo, o dígito verificador de número de RG não garante mais a eficácia da análise, por motivos que vou explicar mais para frente.
Ainda existem analistas que são entusiastas da análise de brasão nos RGs, que gostam de verificar se esse item gráfico está no padrão, como se isso fosse determinar a aprovação ou reprovação do documento, mas já sabemos que apenas uma pequena porcentagem dos documentos falsos chegam com essa anomalia e, não pode ser algo essencial na verificação, pois, os fraudadores aprenderam a imitar essas figuras, além do fato que muitas fraudes são feitas utilizando o formulário (espelho) verdadeiro, muitas vezes desviados ou roubados dos órgãos, ou das gráficas oficiais pelas quadrilhas.
O formato dos dados como data de expedição, data de nascimento, formato do número de RG e do CPF, se têm ponto, traço, barra, por exemplo, dificilmente são impressos errados pelos fraudadores atualmente, porque eles já aprenderam isso.
E eu poderia mencionar vários outros métodos ou itens de verificação de documentos de identificação que não funcionam mais há muito tempo, mas vamos parar por aqui.
Existem quadrilhas organizadas e segmentadas em “setores” ou tarefas dentro da fraude documental. Elas se dividem, basicamente, em três segmentos: o ator (fraudador), a gráfica de documentos falsos e o roubo de dados.
Nos casos de fraude convencional, o fraudador é a pessoa que aparece. É o ator. É aquele que se passa pela vítima, atribuindo seu próprio rosto ao documento falso e aos dados ali inseridos. Essa parte da quadrilha é responsável pela execução da fraude em si diretamente na instituição, mesmo que seja por meio digital.
Para que isso seja possível, existe uma outra parte da quadrilha que é especializada em confeccionar os documentos falsos. Trata-se de uma gráfica que fabrica, não somente documentos de identificação, mas, diversos outros tipos de documentos como comprovantes de renda, comprovantes de residência, contratos, documentos de veículos, selos de cartórios e tudo mais que for necessário para se cometer uma fraude de falsidade ideológica.
Essa gráfica do crime, para fabricar os documentos para os fraudadores cometerem a fraude, não insere nenhum dado, mas precisam de dados verdadeiros, total ou parcialmente. É aí que entra a terceira parte da quadrilha, responsável pelo roubo de dados de órgãos públicos ou até privados. Na esmagadora maioria das vezes, os documentos de identificação falsos têm dados verdadeiros e muitas vezes quase na totalidade.
Um RG falso, por exemplo, pode ter apenas os dados de “DOC ORIGEM” que não corresponda com a realidade, porém, não é incomum nos depararmos com situações em que até os dados de cartório sejam verdadeiros e, algumas vezes, quando temos “em mãos” o documento verdadeiro e o falso ao mesmo tempo, constatamos que ambos estão com informações iguais, demonstrando a astúcia do crime organizado que pratica esse Modus Operandi.
Se você buscar na internet vídeos que ensinem como fazer um RG falso para entrar numa “balada” quando se é menor de idade, perceberá que parece brincadeira de criança, ou seja, são totalmente amadores, grosseiros, sem pretensão de passar por qualquer analista antifraude, por mais “fraquinho” que seja.
Porém, essas quadrilhas especializadas não estão brincando! Mesmo que não consigam chegar a uma certa excelência na qualidade da fraude, não cometem mais erros que considero primários, como colocar traço no lugar da barra, ou inserir ponto em números de RG que não deveria ter em seu padrão. Esses erros são muito raros de acontecer atualmente.
Portanto, fazer a verificação do cálculo do dígito verificador (DV) do RG é, no mínimo, uma perda de tempo e pode causar uma falsa segurança na análise documental, pois, o analista pode “baixar a guarda” ao constatar que o DV está correto, sem saber que, em quase cem por cento dos casos, estará correto mesmo, pois, esse número não foi “inventado” pelo fraudador, mas trata-se de um dado verdadeiro que foi roubado para ser utilizado numa operação de crédito, por exemplo.
A mesma coisa acontece quando o analista se dá por satisfeito ao verificar graficamente o desenho do brasão do espelho. Mesmo que ainda haja uma certa porcentagem de erros de brasão nos documentos falsos, precisamos ter em mente, mesmo que o brasão esteja no padrão verdadeiro, que a análise não pode acabar por aí. O brasão é apenas um item entre vários que devem ser verificados num documento de identificação, assim como a assinatura do diretor, que também pode estar correta, mesmo num documento falso.
Eu já trabalhei com artes gráficas, criando materiais de publicidade, banners, desde simples cartões de visita, até capas de revista, montagens de imagens das mais simples às mais sofisticadas no Photoshop, reproduzindo e imitando artes feitas por outras empresas, e posso dizer aqui que não é um serviço fácil de fazer.
O que quero dizer com isso é que imitar fielmente a parte gráfica de um documento de identificação é um esforço minucioso, que requer trabalho duro, dedicação e um grau de perfeccionismo, características difíceis de serem encontradas num fraudador.
Portanto, analisar a estrutura gráfica do documento de identificação é a melhor forma e a mais segura para a sua operação. O fraudador evoluiu muito, mas não o suficiente para burlar uma análise da estrutura gráfica baseada em geolocalização de itens do documento, tanto dos dados quanto dos gráficos do espelho, sem perda de tempo e sem jogar uma “cortina de fumaça” no rosto do analista levando-o ao erro por gerar uma falsa segurança. Então, evolua!
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